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Jovem (futuro) engenheiro que sente que os cerca de 1.5kg do seu cérebro não são suficientes para armazenar a quantidade de informação que se encontra a fervilhar entre os seus neurónios!
Estava finalmente em Montezuma!!
Depois de tantas viagens, de tantos quilómetros, o destino final apresentava-se diante dos meus olhos!
Eram sete e tal da manhã quando acordei. Por entre os panos da rede mosquiteira levantei-me e logo percebi o calor que se fazia sentir! Um "bafo" inexplicável!
Da janela do meu quarto, a vista era qualquer coisa de extraordinário.
Uma autêntica pintura! Parecia saída de um livro!
Quase que se tem que esfregar bem os olhos para perceber se é realidade ou ficção!
Não vou tentar descrever, porque "uma imagem vale mais do que mil palavras".
Por isso mesmo, a primeira fotografia desta publicação será precisamente a primeira imagem que tive daquele lugar, a vista da janela do meu quarto!
Fui tomar o pequeno-almoço, que seria quase sempre o mesmo até ao fim da minha estadia...
Arroz com feijão! Era isto que se comia lá ao pequeno-almoço.
Havia também panquecas, não muito bem feitas, bem como fruta, geralmente banana e melancia.
Fui tomar banho e arranjar-me! Não sabia ainda o que me esperava no meu primeiro dia!
Estava curioso. A vontade de conhecer aquele sítio era imensa, mas isso seria algo que teria mais do que tempo para fazer!
A casa de banho não era grande, mas não me podia queixar, só havia três rapazes!
Por outro lado, as mais de 15 raparigas que dividiam os dois outros quartos, apenas tinham uma casa de banho para usufruir.
Por isso, não me podia queixar de todo :)
Quando experimentei, nessa manhã, o duche pela primeira vez, percebi que não ia haver água quente!
Mas como o tempo era tão abafado, água fresca sabia bem.
Para primeiro banho soube-me bem! Daí para a frente logo se veria se ia sentir falta de um banho quente...
Depois de um duche, ainda demorado, e de vestir uma roupa confortável , fui até à zona de convívio da casa. Era o lugar onde se faziam as refeições e onde se passava a maior parte do tempo.
Tinha mesas e cadeiras de madeira, uma estante com livros e pequenos artigos relacionados com o mundo aquático!
Uma das primeiras coisas que reteve a minha atenção foi um iphone, completamente inutilizável, que teria sido encontrado na água do mar e que fazia de adorno em cima de uma mesinha de madeira. Havia uma carapaça de tartaruga gigante em exposição no meio do chão, como nunca tinha visto igual, vários cestos para deixar o calçado quando se entrava na casa e na parede uns quadros com tarefas para os voluntários.
Foi então que a Nathalie, a bióloga que nos recebeu na noite anterior, reuniu os novos voluntários para explicar tudo aquilo que era necessário saber!
Explicou-nos de tudo um pouco!
Começou por falar das espécies de tartarugas que poderíamos encontrar por ali, falou do ciclo de vida delas, todas as fases pelas quais passa uma tartaruga, desde que nasce até que morre. Foi um pouco de história para nos cativar!
Depois, explicou de forma teórica tudo o que precisávamos de aprender para podermos realizar todas as tarefas que nos iam ser propostas ao longo do tempo que lá ficássemos.
Obviamente o tempo não ía ser igual para todos. Havia voluntários que lá ficavam apenas uma semana, outros duas, eu ía ficar três e por aí fora. Variava...
Por fim, a parte mais importante era o quadro das tarefas, que estava colocado numa das paredes da sala e que diariamente apresentaria as tarefas e as funções que individual ou coletivamente seriam realizadas!
No entanto, como este era o nosso primeiro dia, podiamos ir fazer o que quiséssemos!
Ainda não tinhamos tarefas!
Só começariam no dia seguinte!
Obviamente peguei na minha mochila, na máquina fotográfica e fui à descoberta!
Dei o meu primeiro passeio por Montezuma!
Ainda foram algumas horas!
Visitei a vila que era muito pequenina, era basicamente composta por lojinhas de souvenirs, um supermercado, uma igreja, duas pizzarias, três ou quatro cafés onde serviam sandwiches e hambúrgueres, uma gelataria, um bar com música e várias barraquinhas onde se organizavam excursões!
De resto, havia vários hostels e "hóteis".
Tudo rodeado por uma imensidão de vegetação incrível!
Depois de conhecer a vila, fui até à praia, que era espetacular!
Dei logo um mergulho e a primeira sensação que tive foi perceber que a água era quente! Era mesmo!
A praia era verdadeiramente incrível!
Uma praia selvagem, sem ninguém, com floresta por trás!
Era lá que ficava o viveiro, onde se armazenavam os ovos de tartaruga, até nascerem. Para assim assegurar que os ovos ficariam em segurança durante todo o processo. Quando nascessem, as tartarugas bebés eram devolvidas ao seu habitat natural!
Para primeiro dia, não podia ter pedido melhor!
Fiquei a conhecer um pouco, daquela que seria a minha "casa" durante mais de três semanas!
No próximo capítulo, começarei a falar do meu trabalho como voluntário!
http://oenginheiro.blogs.sapo.pt/voluntariado-1-13991
A viagem de autocarro até ao aeroporto foi calma!
Já era tarde, havia pouco movimento nas ruas. Em pouco mais de meia hora estávamos de regresso ao aeroporto de Newark.
Estávamos completamente rebentados e ainda tinhamos que esperar mais de sete horas pelo voo que nos levaria diretamente a San José, a capital da Costa Rica.
As horas que se seguiram foram de quase desespero.
Porquê?
Porque os poucos sítios que permitiam deitar estavam obviamente ocupados e a juntar a isso o ar condicionado estava ridiculamente alto. Um frio quase insuportável!!
Tudo o resto resumia-se a cadeiras, pouco cómodas por sinal.
Ainda tentámos mais do que uma vez sentar e tentar descansar, mas não dava!
Levantámo-nos e fomos dando voltas pelo aeroporto. O aeroporto de Newark está dividido em três zonas. Zona A, B e C, todas elas ligadas através de um pequeno comboio/metro que faz a viagem entre as três "estações". Cerca de 30 segundos entre cada uma delas.
Metemo-nos nesse comboio e íamos entrando e saindo em cada estação. Era um autêntico carrossel. Às vezes até nos deixávamos ficar dentro do comboio e não saíamos, de tal maneira que os funcionários do aeroporto que estavam junto às estações já nos cumprimentavam e percebiam que estávamos só ali a fazer tempo.
Andámos nisto talvez umas duas horas, nem sei!
Seriam umas 3 da manhã e ainda faltavam 4 horas para o voo. A juntar a isso já tinhamos entregue as malas e já tinhamos os bilhetes, uma vez que tratámos disso mal chegámos ao aeroporto, por isso só teriamos que passar pelas habituais zonas de segurança até chegar ao nosso terminal.
Decidimos sentar na zona da restauração e descansar.
Assim foi! Eu juntei três cadeiras e deitei me. Claro, que de 20 em 20 minutos acordava, mas o tempo acabou por passar e às 6 da manhã pegámos nas mochilas e fomos embora!
O aeroporto ainda estava deserto! O nosso voo partia por volta das 7 e 30 da manhã!
Foi tudo muito rápido!
Trinta minutos depois já estávamos sentados na zona de embarque à espera de sermos chamados para entrar no avião!
Claro que ainda demorou! Ainda esperámos algum tempo, mas a pior parte já tinha passado.
Agora era entrar para o avião e aproveitar as mais de cinco horas de voo até San José para dormir!
E assim foi! Pouco me lembro da viagem até lá porque a maior parte do tempo fui a dormir.
Lembro-me de comer qualquer coisa dentro do avião, de ir à casa de banho e nos últimos quinze minutos de voo acordei para ver a chegada à Costa Rica!
Ainda antes de aterrar dava para perceber a diferença brutal entre os prédios, os monumentos, as lojas de Nova Iorque e o verde, os pastos, os rios, as montanhas, as cascatas deste país.
Dois países, duas realidades completamente diferentes. Percebia-se isso ainda do céu!
À nossa espera no aeroporto estava uma senhora que nos iría levar até ao Hostel Pangea no centro de San José.
Íamos ficar uma noite em San josé para poder descansar e também para conhecer um pouco da cidade!
No dia seguinte, à tarde, faríamos a viagem até ao destino final, Montezuma!
Chegámos ao Hostel ainda antes do meio dia! Na Costa Rica são menos 7 horas do que em Portugal e menos 2 do que nos EUA.
Durante a viagem até ao hostel a senhora falou-nos do país, da cultura, das pessoas e deu para perceber que de facto existe um grande atraso a todos os níveis, se compararmos com a maioria dos países na Europa!
É tudo muito diferente!
A grande maioria das casas é pobre, com telhados em chapa, construções muito rudimentares, pessoas simples na forma de vestir e de falar. A América latina está muitos degraus abaixo da realidade europeia! Tem muito que evoluir ainda!
É outro mundo!
Mas só quando saí do carro, em plenas ruas de San José, comecei a perceber que estava num sítio diferente. É difícil de explicar o que se sente. Acho que a melhor definição é perdido. Sentia-me perdido, no fim do mundo mesmo! O que vale é que estava com um amigo! É uma grande ajuda, saber que não estava ali completamente só!
A entrada do Hostel era estranha! Um portão cor de laranja em chapa metálica. Lá dentro as paredes estavam pintadas com desenhos um pouco assustadores.
Um corredor pouco iluminado levava-nos até à recepção!
Já lá estavam algumas pessoas (hóspedes) estrangeiros, que permitiu logo perceber que aquele era um sítio destinado sobretudo a gente jovem, pessoas que vinham à descoberta.
O responsável, que já contava com a nossa chegada, deu-nos a chave do quarto e levou-nos até lá!
Um quarto que não devia ter mais de 15 metros quadrados, composto por 3 bliches, 6 camas no total. Foi aí que percebemos que era possível que mais pessoas dividissem o quarto connosco.
Deixámos as malas no quarto e fomos almoçar!
Estávamos famintos!
Mas aí surgiu novo problema! Onde?!
Só havia cafezinhos/rolotes a vender hambúrgueres, cachorros, tudo comidas que nos foi sugerido para não comer!
Sim, na consulta do viajante que fizémos antes de vir disseram-nos claramente para não comer nada nesse tipo de sítios.
Bem, decidi perguntar por um hotel!
Achei que seria a melhor solução, lá deveria haver algo mais decente.
E assim foi. Encontrámos um hotel simpático de quatro estrelas com um restaurante à entrada que servia pizzas.
E foi isso mesmo que pedimos!
Passámos lá bastante tempo, o empregado era brasileiro e por isso deu-nos logo algumas dicas sobre a cidade e sobre Montezuma, para onde iríamos no dia seguinte.
Quando regressámos ao Hostel já eram umas 17 ou 18 horas. Era tempo de dar um volta lá por dentro e perceber o que lá havia!
Resumo: um autêntico labirinto!
Tinha um sala de refeições, uma zona de lazer, com sofás, mesas e uma mesinha de snooker (não em grandes condições), tinha uma zona que servia como uma pequena discoteca à noite e até uma piscina tinha! A água da piscina é que era muito escurinha! Obviamente não me atrevi a entrar!
Havia uma zona própria para carregar os telemóveis e uma mini biblioteca!
Mas era tudo construído com materiais básicos!
É daquelas construções em que se acontecesse um terramoto ía tudo ao chão. Literalmente!
Ao menos aguentava com a água da chuva! E era muita! Nunca tinha visto chover daquela maneira! Mete respeito.
As horas passaram, fui deitar-me cedo.
Precisava de dormir!
No dia seguinte, quando acordei, estavam lá mais dois rapazes no quarto!
Nem dei conta que tinham entrado.
Teriam, os dois, por volta dos vinte e tal anos, trinta no máximo.
Tanto eu, como o meu amigo Ricardo acordámos cedo!
Aproveitámos a manhã para dar uma volta por alguns sítios da cidade.
Vimos a casa amarela onde se recebem personalidades importantes, a casa do chefe de estado, alguns monumentos, zonas verdes, o mercado e a feira.
Existe uma forte contestação ao regime de lá. Muitos cartazes, graffitis e pessoas que demonstram a sua insatisfação face ao governo. Mas a democracia é assim mesmo! Cada um tem direito à sua opinião e a manifestá-la de forma ordeira.
Ao final da manhã estávamos de volta ao hostel!
Estávamos prontos para partir para Montezuma!
Tinhamos já deixado as malas arrumadas e assim era só esperar pela Hazel, que seria a senhora que nos levaria até ao terminal de autocarros.
Daí para a frente, uma viagem interminável de sete horas esperava por nós.
Aguentem até lá que vale a pena :)
25 dias!
Foi uma aventura que durou quase um mês!
Aqui, começo a narração de como tudo se passou!
Preparem-se, sentem-se e agarrem-se bem!
Dia 4 de Agosto!
Às 8 da manhã saía eu de casa!
Saía rumo ao deconhecido!
Pensava eu que sabia o que ía encontrar, mas do pensamento à realidade havia uma distância muito grande!
Os meus pais levaram-me ao aeroporto.
Àquela hora da manhã havia pouco trânsito!
Em menos de meia hora chegava ao aeroporto da Portela!
O ricardo já lá estava.
Um grande amigo meu, que conheço desde os seis anos, que fez toda a escola comigo nos Salesianos do Estoril e que também seguiu para o Instituto superior Técnico.
Era hora de entregar as malas e dizer adeus!
Já não havia como voltar atrás.
Depois, foi uma questão de tempo e de burocracias até entrar no avião pelas 10 e 20 da manhã.
Seis horas de voo até aos EUA. Sim, porque o voo não era direto!
Mas fez-se bem!
Devorei os dois últimos filmes do Harry Potter!
Boa companhia! Recomendo. Lufthansa, da United Airlines!
Refeições incluídas, hospedeiras giras, seis horas que passaram rápido!
Aeroporto de Newark lá estávamos nós!
Chegámos, passámos todos os procedimentos de segurança, fomos almoçar à subway e depois... depois ficámos sem saber o que fazer.
O segundo voo era dalí a 17 horas. Dezassete!! Já o sabíamos, mas só naquele momento é que começámos a perceber que ía ser doloroso.
Demos voltas e voltas ao aeroporto todo, que ainda é grande, e mesmo assim faltavam mais de 15 horas...
Mas parte do problema resolveu-se rápido!
Bora a Nova Iorque!
What else?!
Comprámos bilhete ida e volta por 28 dólares e em menos de uma hora metemo nos no centro de Nova iorque!
Times Squares, Madison Square Garden, Empire State Building, Loja dos M&M, New York Times, Microsoft, Starbucks.
Corremos tudo o que pudémos em seis ou sete horas.
A única vez que tinha estado em Nova iorque tinha cinco ou seis anos, por isso pouco ou nada me lembrava de ter estado lá em carne e osso.
Adorei! É realmente uma cidade fantástica em todos os aspetos. Só quem presencia aquela realidade tem verdadeira noção do frenesim de carros e pessoas.
É tudo em grande! Esse é o conceito! "As big as possible".
Foram horas e horas a andar a pé.
Estávamos exaustos.
Quando saímos de lá, para regressar de volta ao aeroporto, eram umas 11 da noite.
Logo em Portugal eram 4 da manhã!!
Quando chegássemos ao aeroporto esperavam-nos mais 8 horas de infernal espera!
Essa oito horas ficarão para o próximo episódio!
O primeiro capítulo encerra aqui! O segundo chegará muito em breve.
E assim chega ao fim mais um verão!
O verão de 2017 chegou ao fim! Pelo menos para mim...
Agora é tempo de voltar à rotina, às aulas e ao estudo!
Foi um verão fantástico!
Não podia pedir mais ou melhor!
Brighton, Londres, Quinta do Lago, Vilamoura, EUA, Costa Rica, Comporta e Costa da Caparica.
Acho que não me esqueci de nada!
Terminei as férias com dois dias na Comporta e dois dias na Costa da Caparica!
Foi a melhor maneira para finalizar mais um verão e carregar a bateria toda para o início de um ano de trabalho!
As férias terminaram!
Mas há uma boa notícia!
Vou estar de volta a este espaço sem interrupções!
Durante o verão era muito difícil vir cá com regularidade.
Agora é hora de regressar!
E por isso muito em breve falarei do que foi a minha experiência de voluntariado na Costa Rica.
Com muitas histórias, recordações e detalhes para tornar tudo mais real!
Até já!
Olá, olá!!
O enGINheiro está de volta!
Eu sei que estive muito tempo sem dizer nada!
Mas acho que nas próximas semanas vou conseguir compensar este mês inteiro de ausência!
Há muito para contar, para escrever e para recordar!
Vou tentar fazer um flashback, recuando uns meses atrás, para tentar enquadrar como tudo começou!
Estávamos em fevereiro, quando do nada, literalmente do nada, esta ideia me surgiu!
E se este verão fizer algo completamente diferente?
Sair da minha zona de conforto, trocar as férias com a família e os amigos para ir abraçar uma causa maior?
E se dedicasse uma boa parte das minhas férias a fazer voluntariado?
Tudo começou assim!
Um conjunto volumoso de interrogações dentro da minha cabeça, mas que na sua globalidade começavam a dar corpo a uma futura realidade!
Os pontos de interrogação passaram aos poucos e poucos a afirmações e exclamações.
As dúvidas transformaram-se em certezas!
A vontade em poder experienciar algo novo ía crescendo!
Daí para a frente foi uma questão de me ir informando para saber tudo o que era necessário fazer e qual o destino a escolher!
Havia soluções para todos os gostos, Europa, Ásia, América, África, era só escolher!
Depois de uns dias a pensar qual o destino e qual o tipo de voluntariado que mais curiosidade me podia suscitar, a escolha foi feita!
Montezuma, Costa Rica, Programa de preservação e proteção de tartarugas marinhas!
A primeira pergunta é logo porquê?
A resposta é fácil!
Houve vários motivos por detrás desta escolha, uns com maior e menor credibilidade!
Os países da América Latina sempre me despertaram bastante interesse, possivelmente por serem muito distintos da Europa não sei, desde a cultura ao modo de vida! Comprovei tudo!
A juntar a isso, decidi que o voluntariado seria relacionado com animais, especialmente por dois motivos!
Primeiro, porque há demasiadas espécies em vias de extinção!
Segundo, porque sendo esta a primeira vez que iria fazer voluntariado a "sério", poderia ser mais complicado se fosse por exemplo para África ajudar crianças ou populações com dificuldades! Talvez no futuro isso até possa acontecer, mas há uns meses atrás não me sentia preparado!
Por isso mesmo e a juntar o pequeno pormenor de estar de férias de VERÃO decidi dedicar-me a animais ligados ao mar!
E haveria algo mais interessante do que tartarugas marinhas?!
Acho que não!
E assim foi!
Tive que aprender espanhol, fiz entrevistas via skype com responsáveis do projeto, convenci um amigo a vir comigo, fiz uma carta de motivação para juntar ao currículo! Sim, porque até currículo me pediram!! Marquei viagens de avião e lá fui eu!
Quase um mês fora!
Saí de Lisboa no dia 4 de Agosto!
As 10 e 25 da manhã partia o avião rumo aos Estados Unidos da América!
Começava a aventura!
Já não havia volta a dar!
Esta loucura estava iniciada!
O regresso seria a 27 de Agosto!
Seria, mas acabou por não ser!
Foram 25 dias fantásticos, recheados de histórias e memórias que jamais esquecerei!
Estive em Times Square!
Dormi três noites em San José quando só devia ter dormido duas.
Vi tartarugas a desovar com mais de um metro de comprimento e ajudei-as a libertar os ovos!
Vi tartarugas bebés a nascer!
O primeiro ninho que fiz para guardar os ovos da tartaruga mãe tinha 143 ovos! O recorde deste ano! Mesmo.
Acordava às 3 da manhã por causa da chuva e da trovoada
Tinha patrulhas noturnas durante quatro horas sem lanterna!
Falei inglês, espanhol, português e francês
Fiz imensos amigos, sobretudo amigas!
Vi paisagens inimagináveis!
Dei de comer a macacos dentro da casa onde vivía!
E até ví uma voluntária que se tornou, ao longo dos dias, minha amiga, ser expulsa por mau comportamento!
Sei lá, ví tanta coisa, testemunhei tanta coisa, que provavelmente muitos tópicos faltarão aqui!
O que posso prometer é o seguinte, nas próximas semanas vou publicando o meu dia-a-dia desde que saí de Lisboa no dia 4 até que voltei a aterrar na Portela!
Fotografias, relatos, histórias, peripécias, vou tentar apresentar tudo de forma cronológica para tentar tornar isto mais real para quem está a ler!
Vou tentar não falhar!
Foi um mês fantástico a todos os níveis!
Aqui tentarei explicar e mostrar porquê!
Fiquem atentos!
10 de Julho!
As férias chegaram finalmente!
Já não era sem tempo! Nos próximos dois meses é isto que me espera:
15 a 18 de Julho - Vilamoura (férias sem Vilamoura não são férias!)
19 a 23 de Julho - Londres (friends trip)
24 a 31 de Julho - Quinta do Lago (férias com a family)
1 a 4 de Agosto - Cascais (descansar em casa)
5 a 28 de Agosto - Costa Rica (voluntariado)
Setembro - Praia grande (loading)
Bem é mais ou menos isto!
Gosto de ter as férias sempre bem delineadas nesta altura..
Os próximos dois meses serão assim!
Três noites em Vilamoura só para medir o pulso da noite algarvia este ano, seguem-se quatro noites em Londres com um grupo de amigos para visitar um grande buddy que está lá há um ano a fazer mestrado! Depois uma semaninha na quinta do lago com os pais e as irmãs, aqueles dias em família onde se tenta que a palavra paz seja a refeição principal.
De seguida quase um mês de voluntariado na Costa Rica, que espero que tenha sido uma loucura que venha a valer a pena! Ao menos só tenho que levar uma vacina antes de ir, de mal o menos...
Regressado da América Latina cheio de histórias para contar (espero eu) chega aquele mês de Setembro que é sempre meio imprevisível... Mas em principio deve haver espaço para uns dias na Praia Grande para purificar a alma com o ar puro de Sintra!
Em suma será isto!
Sintam-se livres para partilhar as vossas ou então não ;)
Aquela azáfama, aquele nervosismo pré-exames já se instalou!
Vão ser, pelo menos, cinco exames em pouco mais de um mês!
A verdade é que 3 ou 4 meses de trabalho decidem-se basicamente num mês!
O tira-teimas está ai à porta!
Como tal este mês de Junho, vai ser um mês onde "O enGINheiro" vai estar a trabalhar! A trabalhar mesmo! E por isso é normal que haja um maior distanciamento deste espaço! Mas vou tentar que essa distância seja a menor possível...
Mas agora não quero falar de trabalho, nem de livros ou de exames!
Agora vamos falar do verão! Porquê? Porque este verão vai ser diferente!
Desde 2012 até 2016 que o meu verão é aquilo a que se chama: o tradicional verão de um jovem de Cascais!
Cascais, Vilamoura, Quinta do Lago, Comporta, Praia Grande, Vila Nova de Mil Fontes ou Costa da Caparica são sempre os cartões de visita! Anda sempre à volta disto!
O ano passado foi dos melhores! Foram dois meses em que praticamente Lisboa e Cascais não existiram para mim!
Foi um verdadeiro frenesim de um sítio para outro! E é bom sinal! É sinal de que o verão está a ser bem aproveitado!
A verdade é que, como todos os anos, em Junho já tudo tem que estar definido!
O maior erro que se pode cometer é não preparar as coisas em Fevereiro, Março ou abril!
É arruinar umas férias!
Mas este ano foi diferente!
Há um ano atrás, a casa em Vilamoura já estava arrendada, já sabia qual era a casa do amigo onde me ía enfiar na Comporta e até Praia Grande ou Costa da Caparica em Setembro já estavam bem faladas!
Este ano senti falta disso! Senti falta dessa preparação! Senti falta da constante troca de fotografias e informação entre grupos do whatsapp ou do facebook!
Este ano decidi inovar! Decidi mudar radicalmente! Decidi fazer algo que nunca tinha feito!
Em suma, decidi sair da minha zona de conforto, porque "a comfortable zone is a beautiful place, but nothing ever grows there"
Este ano meti na cabeça que ia substituir as praias, a piscina, os amigos, as saídas à noite, as miúdas, a semana em Vilamoura e na Comporta, do mês de Agosto por Voluntariado!
É verdade! Este ano, o meu mês de Agosto vai ser completamente diferente!
Vou fazer voluntariado para a Costa Rica!
Voluntariado sempre foi algo que quis fazer, que quis experimentar! E quando falo de voluntariado, não falo de ir para o pingo doce ajudar no Banco Alimentar. Isso já eu fiz quando tinha doze ou treze anos!
Quero sentir o que é voluntariado a sério!
Esta vontade instalou-se na minha cabeça, talvez no final de fevereiro ou início de março, foi quase do nada! Foi do género, "Siga largar tudo este verão e fazer algo completamente diferente?!"
E assim foi, desde esse momento até hoje, que tive que passar por uma série de processos!
Fiz uma pré-inscrição com todos os meus dados, fiz um teste em espanhol para testar o meu nível de língua, porque na América Latina o espanhol é a main language, fiz o meu curriculo e uma carta de motivação em inglês e até uma entrevista em espanhol tive que fazer para comprovar que, de facto, sabia falar minimamente!
Tudo isto aconteceu em pouco mais de dois meses!
Nunca tive espanhol na vida! Falo português e inglês e safo-me em francês, mas nunca tive espanhol, por isso armei-me em autodidata e aprendi a falar minimamente bem!
E só tenho a dizer que espanhol não é nada difícil!
Para além de ser, em alguns aspectos, parecido ao português é uma língua que se aprende com facilidade, parece que nos habituamos a ela rapidamente!
A juntar a isto, consegui convencer um amigo meu a ir comigo! Andámos desde o primeiro ano ao décimo segundo juntos nos Salesianos do Estoril e ainda viémos juntos para o Técnico, não para o mesmo curso, mas a faculdade é a mesma!
Basicamente são 16 anos juntos! Até me custa a acreditar que o tempo passou tão depressa, mas tem que se aceitar!
E por isso, Agosto vai ser assim!
Acredito que vai ser uma experiência única!
É verdade que ainda não vos falei sobre que tipo de voluntariado vou fazer, mas isso pode esperar! Nem tinha piada revelar já tudo!
Faltam dois meses!
Lá mais perto da data levanto o véu todo!